A Comissão de Assuntos Relevantes, instituída para a análise e estudos das ações necessárias no que tange a segurança nas escolas públicas municipais, criada pela Resolução 217/ 2023, apresentou relatório final dos trabalhos desempenhados. Tal Comissão é formada pelos vereadores, Marlice Perezoli, Edson Ferrari, José Deon, Paulinho de Mello, este posteriormente substituído pelo vereador Adilson Sperança, e Adilio Carubin, que solicitou desligamento da comissão, sendo substituído pelo vereador Mauro Cesar Michelon. A presidente da Comissão, Marlice Perazoli explica que o principal objetivo é levar a conhecimento do Executivo, informações e dados para que reflitam sobre a segurança escolar e sobre o seu papel na construção de uma escola onde educadores e educandos sintam-se seguros e responsáveis pela construção de uma cultura de paz na escola e na comunidade. Mauro Michelon, relator da Comissão, comenta que ao final dos debates realizados e do conhecimento adquirido pelos vereadores junto às unidades escolares do município, concluem que a vigilância não se torna a única medida capaz de solucionar os problemas da segurança nas escolas. “Entendemos justamente por ser um assunto recorrente, ele precisa ser tratado e que precisamos atacar essa complexidade, entender o porquê alunos vão para a escola com arma branca, ou mesmo armas de fogo, o que leva um cidadão comum invadir uma escola e praticar um massacre a crianças inocentes e indefesas”. No dia três de maio a Comissão de Assuntos Relevantes promoveu uma audiência pública no Teatro Professor Arno Ignacio Etges, que contou com a participação de representantes do executivo municipal, da secretaria de educação, de órgãos de segurança pública, do Ministério Público e do Poder Judiciário. “Neste dia foram debatidos amplamente os temas violência na sociedade e na escola, conceitos de segurança, direitos à segurança na legislação, estrutura da segurança pública na Constituição, rede de cercamento eletrônico, segurança no interior da escola, o funcionário como agente repressor ou mediador de conflitos, o adolescente infrator e a reeducação”, disse o vereador Edson Ferrari. Visitas in loco Depois da audiência pública, a comissão realizou visita in loco em todas as unidades escolares do município, visando entender e registrar a realidade de cada uma. Atualmente a rede municipal de educação de São Lourenço do Oeste atende mais de 4.300 alunos. Reunindo informações e fotos de todas as unidades escolares, os vereadores chegaram ao consenso de que falta de um controle de acesso eficaz na entrada da escola, a ausência de catracas instaladas para controlar o acesso de pessoas, ausência de vigias, o que prejudica a tranquilidade e a segurança de alunos, professores, pais e demais funcionários. “Por este motivo acreditamos ser indispensável ter um portão com controle total de acesso, este permitiria o acesso somente para pessoas autorizadas. Também a implantação de catracas eletrônicas e/ou identificação facial para controle de acesso, este além de controlar o fluxo, ajudam a impedir que alunos matem aula, pois o controle de registro da catraca proporciona maior confiança aos pais”, ressalta a vereadora Marlice.